A
ecomorfologia é uma abordagem ecológica que se baseia na idéia de que as
diferenças morfológicas observadas entre as espécies estão relacionadas à ação
das diferentes pressões ambientais e biológicas às quais estão sujeitos os
indivíduos.
Assim, vale lembrar que abordagens ecomorfológicas podem ser aplicadas a
quaisquer espécies de animais, nos mais diversos ambientes, ou mesmo, servindo
para comparações na eficiência de determinada estratégia na utilização do
habitat entre espécies diferentes utilizando-se como referência as diferenças
ecomorfológicas.
Essas diferenças podem ser estudadas através do emprego de índices
morfo-biométricos denominados atributos ecomorfológicos, que são padrões que
expressam características do indivíduo em relação ao seu meio e podem ser
interpretados como indicadores de hábitos de vida ou de adaptações das espécies
à ocupação e utilização maximizada dos habitats.
No Brasil os estudos de ecomorfologia são recentes e foram iniciados na década
de 90 aplicados principalmente às comunidades de peixes de água doce. No
maranhão, os estudos sobre ecomorfologia também são recentes, mas tem
contribuído para trazer à luz aspectos da ecologia de peixes dulcícolas de
rios, riachos e lagos, marinhos e estuarinos. Podemos citar os estudos que
foram realizados na Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, Estuário
do rio Anil e Parque Estadual Marinho Parcel de Manuel Luiz.
Nossos estudos na bacia do rio Munim estão produzindo relevantes dados que serão de grande importância no preenchimento de lacunas no conhecimento da ictiofauna local.
Nossos estudos na bacia do rio Munim estão produzindo relevantes dados que serão de grande importância no preenchimento de lacunas no conhecimento da ictiofauna local.
Para conhecer mais:
BEAUMORD, A.C. & PETRERE-JR., M. 1994. Comunidades de peces del rio Manso,
Chapada dos Guimarães, MT, Brasil. Acta Biológica Venezolana, FERRITO,
V., MANNINO, M.C., PAPPALARDO, A.M., TIGANO, C. 2007. Morphological variation
among populations Aphanius fasciatus Nardo, 1827 (Teleostei, Cyprinodontidae)
from the Mediterranean. J. Fish Biol. 70: 1-20 GATZ, A. J. Jr. 1979.
Communities Organization in fishes as indicated by morphological features. Ecology,
60 (4): 711-718 JERRY, D.R., CAIRNS, S.C. 1998. Morphological variation in the
catadromous Australian bass, from seven geographically distinct riverine
drainages. J. Fish Biol. 52: 829-843 KEAST, A. 1985. The piscivore feeding
guild of fishes in small freshwater ecosystems. Env. Biol. Fish. 12: 119-129
MACHADO, M. R. B. 2000. Aspectos ecomorfológicos das comunidades de peixes em
dois ambientes da Baixada Maranhense, Nordeste do Brasil. Monografia –
Universidade Federal do Maranhão. PIORSKI, N.M., ALVES, J.R.L., MACHADO,
M.R.B., CORREIA, M.M.F. 2005. Alimentação e ecomorfologia de duas espécies de
piranhas (Characiformes: Characidae) do Lago de Viana, Estado do Maranhão,
Brasil. Acta Amazônica 35 (1): 63-70. SMITH, W.E. 1999. A
ecomorfologia de peixes no Brasil. Boletim da Sociedade Brasileira de Ictiologia.
56: 8-12. VARI, R. P. & WEITZMAN, S. H. (1990). A review of phylogenetic
biogeography of the freshwater fishes of South America. In: Peters, G. &
Hutterer, R. Vertebrates in the tropics. Proceedings of the international
symposium on vertebrate biogeography and systematics in the tropics. Bonn,
Alexander Koening zoological research institute and zoological museum. pp.
381-393. WATSON, D.J. & BALON, E.K. 1984. Ecomorphological analysis of fish
taxocenes in rainforest streams of northern Borneo. J. Fish Biol.
25:371-384.
Por: Diego Sousa Campos
Graduando de Ciências Biológicas
Universidade Federal do Maranhão
Laboratório de Organismos Aquáticos
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